segunda-feira, 25 de abril de 2016

O brasileiro que tentará conquistar três medalhas no Rio

Estreante em Olimpíadas, o canoísta Isaquias Queiroz pode fazer história

O Brasil possui um bom retrospecto olímpicos em modalidades relacionadas com a água: já ganhamos 17 medalhas na vela em todas as edições até Londres-12 e mais 13 pódios na natação. No Rio, a canoagem tem grandes chances de entrar no rol dos esportes medalhados, graças a um homem: Isaquias Queiroz.

Em 2011, Isaquias se tornou o primeiro brasileiro campeão mundial júnior na canoagem.
A expectativa é de que o baiano possa subir ao pódio não uma, nem duas, mas sim três vezes, o que faria dele o primeiro canoísta a alcançar tal feio no história olímpica. Porém, o recorde ainda depende da definição de quantas provas o jovem de 22 anos disputará no Rio. No último mundial, Isaquias abriu mão da sua especialidade, o C1-200 para ajudar o Brasil a garantir vaga em outra distância, a de 1000m. O plano deu tão certo que, além da vaga, o país ainda levou a medalha de bronze. Para coroar a competição primorosa, o canoísta ganhou a medalha de ouro ao lado de Erlon Silva no C2-1000. As três provas são olímpicas.

O baiano conquistou duas medalhas de ouro e uma de prata no Pan de Toronto-2015.

Será logística e humanamente possível participar das três da Olimpíada, já que nenhuma classificatória ou final coincide. O desafio será Isaquias, ao lado do treinador Juan Morlán, traçar a melhor estratégia para que ele não se sobrecarregue e tenha forças para disputar bem as provas escolhidas. De qualquer forma, será a maior chance que o Brasil já teve de conquistar uma medalha olímpica na canoagem. Ou duas, ou três...

segunda-feira, 11 de abril de 2016

Que venham os grandes

Candidato a zebra no Rio, Brasil conhece adversários no polo aquático e handebol masculinos

Não já dúvidas de que vôlei e futebol são os esportes coletivos em que a delegação brasileira tem mais chances de subir ao pódio na próxima Olimpíada. Modalidades como o polo aquático e o handebol masculino, porém, possuem uma leve esperança de ser a grande zebra do campeonato e chegar à disputa de medalhas. Ambos os torneio tiveram seus participantes definidos.

Nas piscinas, os brasileiros estão no grupo A, ao lado da favoritíssima Sérvia, campeã mundial e europeia, das fortes Hungria e Grécia e das vencíveis Austrália e Japão. Se os comandados por Ratko Rudic conseguirem vencer as partidas (em tese) mais tranquilas, jogarão a vida nas quartas de final para chegar à improvável, porém possível semifinal.

O hispano-brasileiro Felipe Perrone foi o MVP da Champions League de 2015.
Com o reforço do treinador croata e de craques repatriados e naturalizados, o polo aquático brasileiro fez história em 2015 ao conquistar a medalha de bronze na Liga Mundial, com vitórias sobre a Croácia e os Estados Unidos, possíveis adversários nas quartas. Quem sabe o raio não cai duas vezes no mesmo lugar.

No handebol, as mulheres já foram campeãs mundiais em 2013, mas os homens também buscam um resultado expressivo no Rio. Todas as 12 seleções que virão ao Brasil em agosto estão definidas, embora os grupos ainda serão sorteados. No último pró-olímpico mundial, a surpresa ficou por conta da não classificação da Espanha, campeã do mundo em 2013, e a vitória dos tunisianos sobre os macedônios. 

Potência regional há mais de década, o handebol brasileiro quer subir de nível no Rio.
A França está para o handebol assim como a Sérvia para o polo e é o time a ser batido nos Jogos. As seis demais equipes europeias têm boas chances de pódio: Dinamarca, Croácia, Alemanha, Suécia, Eslovênia e Polônia. É bom também ficar de olho no Catar e sua seleção de naturalizados, que foi prata no último mundial. 

A equipe nacional bateu na trave nos campeonatos do mundo de 2013 e 2015, quando foi eliminada nas oitavas de final por apenas um golzinho, contra as fortes Rússia e Croácia, respectivamente. A situação é semelhante ao do polo: caso o sorteio dos grupos seja favorável, o Brasil pode classificar em quarto ou até em terceiro se conseguir uma vitória heroica contra um figurão europeu. Depois, é jogar como sempre e vencer como nunca nas quartas para fazer história olímpica em solo nacional.  

domingo, 10 de abril de 2016

O renascimento de Francesca Piccinini

Atacante italiana de 37 anos é a MVP da Champions League de vôlei feminino

A italiana Francesca Piccinini é uma das figuras mais conhecidas do voleibol feminino mundial. Campeã do Mundo com a surpreendente seleção da Itália em 2002, a ponteira completou 37 anos no início do ano e parecia já estar caminhando rumo à aposentadoria. Mas tudo isso mudou no Final Four da Champions League de clubes.

A ponteira Piccinini venceu a Copa do Mundo e a Copa dos Campeões em 2007 e 2009 com a seleção da Itália.
Logo na primeira participação do Pomi Casalmaggiore, o time de Montichiari sediou a fase final do torneio e teve a difícil missão de bater as russas do Dinamo Kazan na semifinal caso quisesse sonhar com o caneco continental. E quem liderou a equipe cor de rosa rumo à grande final? Ela mesma, a quase quadragenária Piccinini. Com uma apresentação que relembrou os anos de glória da década de 2000, a atacante soube explorar o bloqueio adversário como ninguém, varreu o fundo de quadra e ainda conseguiu acertar potentes ataques. Resultado: 3 sets a 0 para as italianas.

O rival do jogo final seria outra pedreira: o Vakif Bank, bicampeão da própria Champions League. E, novamente, Piccinini e cia surpreenderam as favoritas, para delírio dos milhares de torcedores que viram o Casalmaggiore conquistar o maior título de sua história. O maior triunfo do dono da casa foi manter o controle da partida mesmo nos momentos decisivos: apesar do resultado final de 3 a 0, todas as parciais foram apertadíssimas: 25/23, 25/23 e 25/22.

Além de Picci, a central Stevanovic, a oposta Kozüch e a levantadora Lloyd estão do time do campeonato.

Maior pontuadora da decisão com 14 pontos, Piccinini repetiu a ótima atuação da semifinal e até teve o prazer de fazer o último ponto do campeonato: um bloqueio diante da holandesa Slöetjes, titular da posição que tem a brasileira Sheilla como opção no banco. Ninguém discordou do prêmio de melhor jogadora do campeonato concedido à italiana. O próximo desafio de Picci será com a seleção no Pré-Olímpico mundial, em maio, no Japão. Seria uma pena não vê-la em ação aqui nos Jogos do Rio de Janeiro.  

terça-feira, 5 de abril de 2016

No sufoco, Brasil terá equipe completa do tênis de mesa no Rio

País terá Gustavo Tsuboi, Hugo Calderano, Gui Lin e Caroline Kumahara no torneio de simples

O tênis de mesa é um dos esportes que mais cresceram no país durante o último ciclo olímpico. Só ano passado, Thiago Monteiro venceu o coreano Seung Min Ryu, campeão olímpico em Atenas-04, e a dupla Gustavo Tsuboi e Hugo Calderano chegaram à final da etapa do Circuito Mundial no Catar, entre outros resultados que mostram a evolução da modalidade nos últimos anos.

Gustavo Tsuboi comemora - e muito! - a vaga conquistada "aos 48 minutos do 2° tempo".
No pré-Olímpico latino-americano, o mesmo Tsuboi garantiu sua participação nas Olimpíadas de agosto ao levar a terceira e última vaga disponível no torneio. A conquista foi mais difícil do que o esperado: por confiar no 61° do mundo, a Confederação Brasileira sequer levou outros mesa-tenistas nacionais que também teriam chance de classificação, porém estão em colocações piores no ranking, como Cazuo Matsumoto ou Thiago. Hugo já estava classificado devido à medalha de ouro do Pan de Toronto-15.

A confirmação da vaga veio apenas no domingo, último dia de competições, em uma final eletrizante. Após ter sido eliminado precocemente nos torneios da sexta-feira e do sábado, que classificavam os dois finalistas ao Rio, Tsuboi teria que ser campeão da chave do domingo. E a conquista veio com uma vitória por 4 sets a 3 diante do paraguaio Marcelo Aguirre. O brasileiro chegou a abrir 3 sets a 1, mas Aguirre levou a disputa para o sétimo e decisivo set, no qual chegou a abrir três pontos de vantagem. Tsuboi, no entanto, recuperou o set e o fechou em 11 a 9.

A chinesa naturalizada brasileira Gui Lin também estará no Rio de Janeiro.
Com isso, o Brasil terá o máximo possível de representantes no tênis de mesa na Olimpíada. As atletas Caroline Kumahara e Gui Lin alcançaram a classificação no mesmo campeonato, fechando as quatro vagas possíveis no individual. Em ambos os gêneros, o país já se garantiu também na competição por equipes.  

segunda-feira, 4 de abril de 2016

Zé Roberto não ousa na escalação para ano olímpico

>> Comandante da seleção feminina foi coerente ao chamar as atletas em que mais confia. 

Um dia após o 11° título da Superliga do Rexona/Ades, em uma final surpreendentemente acirrada contra o novato em decisões Praia Clube, o técnico da seleção feminina de vôlei divulgou a lista das 19 jogadoras convocadas. Daí saem as 12 que tentarão o tricampeonato olímpico no Rio-16.

Não houve grandes surpresa entre as selecionadas de José Roberto Guimarães. A posição mais complicada é a de levantadora, uma vez que Fabíola - em tese a número 2 do Brasil - está grávida, e ainda não é certo se terá condições físicas de disputar os Jogos. A novata Naiane, do Minas, e Roberta, do Rexona brigarão pelo posto de reserva de Dani Lins, do Osasco.

O técnico Zé Roberto terá que cortar sete atletas até os Jogos Olímpicos do Rio.

Desde a aposentadoria de Fabi, a posição de líbero tem ficado com a eficiente Camila Brait, que terá a companhia de Leia, ainda lesionada, na seleção. A experiente Sassá, que deixou de ser ponteira para virar líbero e tentar estender a carreira na seleção, não foi chamada.

Os boatos de que o técnico poderia voltar a chamar atletas experientes que ficaram de fora do ciclo olímpico como Paula, Mari ou Carol Albuquerque, não se confirmaram. Outras jogadoras que tiveram espaço da temporada de seleções passada, como as opostas Barbara e Joycinha ou as levantadoras Ana Tiemi e Macris, também ficaram de fora. 

Com equipes mescladas, o Brasil foi prata no Pan e bronze no Grand Prix em 2015.

No grupo das atacantes de extremidade, Sheila, Tandara, Jaque, Natália, Gabi e Garay estão praticamente garantidas. Apesar da boa Superliga, a oposta Monique deve ser cortada antes da Olimpíada, assim como Mari Paraíba, que possui um bom fundo de quadra, mas ainda peca na hora da decisão. 

A maior dor de cabeça de Zé Roberto será o meio de rede. Ninguém tira o lugar das "torres gêmeas" Fabiana e Thaísa, o que significa que apenas uma jogadora entre Adenízia, do Osasco, e Carol e Juciely, do Rexona, sentirá o gostinho de disputar uma Olimpíada em casa. Se o técnico levar em conta o desempenho no recém-encerrado campeonato de clubes, Carol é a favorita à vaga.

Antes da competição mais importante do ano, em agosto, o grupo disputará o Grand Prix, cujas finais serão na Tailândia, em julho. Apenas após o GP que Zé Roberto definirá as 12 eleitas.  

domingo, 20 de março de 2016

Rafael Silva ou David Moura? Eis a questão

Judocas do Brasil dão uma boa dor de cabeça à confederação


Por ser país-sede da próxima Olimpíada, o Brasil tem vaga garantida nas 14 categorias do judô, sete de cada gênero. Como só é permitida a participação de um atleta de cada país por peso, a regra criou uma baita competição interna pelo direito de disputar a maior competição esportiva do planeta. O caso mais emblemático é acima dos 100kg no masculino: atualmente David Moura é 12° do mundo e Rafael Silva vem logo em seguida, em 13°.

Rafael Silva foi medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Londres. 
O veterano Rafael, o Baby, conquistou o bronze em Londres-12 e seria o dono natural da vaga, se não fosse o histórico de lesões que o deixou fora as competições por mais de sete meses em 2015. Nesse hiato, surgiu com força David, que apesar de ter a mesma idade de seu rival, só começou a apresentar bons resultados nos últimos meses.

Em 2016, com Rafão recuperado, a briga ficou mais intensa. Depois de uma volta aos tatames com resultados abaixo do esperado em janeiro, o medalhista olímpico emendou dois títulos seguidos em março: ouro em Lima, Peru, e Buenos Aires, Argentina. David, por outro lado, subiu ao lugar mais alto do pódio em Sofia, Bulgária, e foi bronze no fortíssimo Grand Slam de Paris. 

O mato-grossense David Moura venceu a categoria peso-pesado no Pan-Americano de Toronto.
Ambos são ótimos judocas e terão boas chances de conseguir uma medalha nos Jogos. Os próximos meses serão decisivos para definir quem representará o país no Rio. A definição acontece dia 30 de maio, data da última atualização do ranking olímpico. Até lá, porém, muita coisa pode acontecer. 

terça-feira, 15 de março de 2016

O pódio de Arthur Nory e a força da ginástica masculina

São cada vez maiores as chances do Brasil subir ao pódio na modalidade no Rio

A ginástica brasileira deixou de ser mera espectadora em torneios internacionais com a ascensão de atletas femininas como Daniele Hypólito e, principalmente, Daiane dos Santos, primeira campeã mundial brasileira, em 2003, enquanto os homens engatinhavam. O tempo passou e a realidade agora é inversa: são eles que conquistam os melhores resultados. Prova disso é a medalha de prata de Arthur Nory na etapa da Escócia da Copa do Mundo.

Arthur foi o ginasta brasileiro que chegou mais perto do pódio no último Mundial (CBG)
Disputando o individual geral, no qual o ginasta deve se apresentar em todos os aparelhos, o brasileiro ficou na ótima segunda colocação, atrás apenas do dono da casa Max Whitlock, quinto colocado no Mundial do ano passado. Arthur ainda ficou à frente de outro britânico, Daniel Purvis, que ficou em 7° na final da grande competição de 2015.

Quarto colocado nas barras fixas do Mundial, Arthur prova que faz parte do "time de ouro" do Brasil, que tem tudo para realizar a melhor participação na história das Olimpíadas.Nory e Sergio Sasaki buscam um top 10 no individual geral, enquanto Arthur Zanetti, nas argolas, e Diego Hypólito, no solo, possuem grandes chances de subirem no pódio em agosto.

domingo, 13 de março de 2016

A campeã voltou

Tricampeã olímpica, Kerri Walsh está no páreo para mais um ouro no Rio 

Mais do que um fraco desempenho dos brasileiros, o Grand Slam do Rio mostrou que as duplas estrangeiras de vôlei de praia estão mais fortes do que ano passado. O destaque absoluto vai para a tricampeã olímpica Kerri Walsh: voltando de contusão, a norte-americana ainda busca a classificação para aquela que seria sua quarta Olimpíada nas areias. Ao lado de April Ross, conquistou o ouro da etapa e deixou bem claro que tem condições de sobre de voltar ao Rio de Janeiro - e sair de lá com mais uma medalha. 

Walsh disputou 21 jogos em Olimpíadas: venceu todos e perdeu apenas 1 set (FIVB).
Integrante da equipe do vôlei de quadra dos Estados Unidos em Sydney-2000, Walsh migrou para a praia, onde formou com Misty May dupla mais vitoriosa da história da modalidade - em três torneios olímpicos, as estadunidenses perderam apenas um set. Após nova medalha de ouro em Londres-2012, May se aposentou e Walsh não conseguiu resultados muito expressivos com sua nova parceira, Ross. Até agora.

Uma lesão no ombro tirou Walsh de boa parte da temporada passada e levantou dúvidas quanto à possibilidade da atleta de 37 voltar a jogar em alto nível. A conquista invicta nas areias de Copacabana é um baita recado de que a (tri)campeã voltou.

Apesar da ótima campanha no Rio, Walsh/Ross ainda não está garantida na Olimpíada deste ano (FIVB).

Não vai ser tão fácil assim

Em etapa no Rio de Janeiro, duplas brasileiras de vôlei de praia têm fraco desempenho

O primeiro Grand Slam da temporada no vôlei de praia foi realizado no mesmo formato e na mesma exata localização do torneio olímpico: as areias de Copacabana, no Rio de Janeiro. Apesar da torcida a favor, os resultados dos brasileiros ficaram bem abaixo do esperado - e colocam em xeque os planos da Confederação Brasileira de subir quatro vezes ao pódio em agosto.

Entre as mulheres, nenhuma das cinco duplas participantes alcançaram as semifinais. Quem chegou mais perto foi Agatha/Barbara, classificadas para o Rio, que perdeu nas quartas para as até então inexpressivas suíças Forrer/Vergé-Depré. Grandes candidatas ao ouro na Olimpíada, Larissa e Talita ficaram devendo mais uma vez e não passaram das oitavas de final. 

Favoritas ao ouro, Larissa e Talita perderam para as italiana Menegatti/Orsi Toth (FIVB).
O que mais chama a atenção é que as derrotas ocorreram para equipes velhas conhecidas das brasileiras, que apresentam visível evolução neste ano olímpico. Não tem mais bobo no vôlei de praia feminino.

No masculino, Bruno Schmidt e Alison, campeões de todos os campeonatos importantes de 2015, caíram nas quartas para os holandeses Breeuwer e Meeuwsen. A única medalha brasileira foi a prata de Evandro/Pedro Solberg, que sucumbiram diante dos surpreendentes poloneses Lusiak e Kantor. Repetir o desempenho incrível do ano passado seria de fato difícil, mas o primeiro Grand Slam de 2016 liga um sinal de alerta para o Brasil.

terça-feira, 8 de março de 2016

Aconteceu o que não acontecia há 12 anos na Superliga Feminina de Vôlei

As maiores potências da modalidade no país, Rexona/Ades e Vôlei Nestlé/Osasco, podem se enfrentar já na semifinal

Não é segredo para ninguém que Rexona/Ades e Vôlei Nestlé/Osasco dominam o voleibol nacional há mais de uma década. Nos últimos 11 anos, apenas uma decisão não foi entre os dois clubes. A exceção acontecerá novamente em 2016, com um detalhe: esta é a primeira vez em 12 anos que um dos dois times não termina a fase de classificação entre os três primeiros. Ou seja, se Rexona e Nestlé vencerem os confrontos das quartas de final, duelarão entre si por uma vaga na decisão.



A ponteira Natalia é o principal nome da temporada na equipe do Rexona/Ades (Divulgação/Rexona).

Isso não ocorreu nenhuma vez desde que o Rexona deixou a sede anterior Curitiba para se instalar no Rio de Janeiro. Na temporada 2003/04, ainda sob comando de Hélio Griner (Bernardinho ocupava o cargo de manager), o clube foi derrotado na semi por 3 jogos a 2 para o então Finasa/Osasco - os confrontos semifinais e a decisão eram disputados em melhor de cinco partidas. 

Do lado paranaense, a levantadora Fofão comandava o time, que dependia dos potentes ataques de Elisângela, hoje reserva do último colocado São Bernardo, e do fundo de quadra de Sassá, que atua como líbero no Brasília este ano. Já o favorito Finasa via a ascensão da jovem atacante Mari, que seria peça-chave na campanha brasileira no Jogos Olímpicos daquele ano em Atenas. A levantadora Fernanda Venturini era o cérebro da equipe comandada pelo agora tricampeão olímpico Zé Roberto Guimarães. 

O técnico Zé Roberto Guimarães foi o primeiro campeão pelo Osasco, na temporada 2002/03 (Reprodução).
Caso eliminem Pinheiros e Brasília respectivamente, Rexona e Osasco têm um encontro marcado mais cedo do que o esperado.Qual será o desfecho da história dessa vez, 12 anos depois? 

sábado, 5 de março de 2016

De olho no tiro!

Felipe Wu conquista o primeiro ouro brasileiro em Copa do Mundo de tiro esportivo

O Brasil está se tornando uma potência no tiro. Pela primeira vez na história, um atleta brasileiro foi campeão de uma etapa da Copa do Mundo. A honra coube ao paulista de 23 anos Felipe Wu, medalha de ouro no Pan-Americano de Toronto, ano passado. A última vez que um atirador nacional havia subido ao pódio em competição semelhante tinha sido em 2007.

Competindo na pistola de ar 10 metros em Bangcoc, Tailândia, Felipe foi extremamente regular na fase final do torneio, quando um competido é eliminado a cada disparo. No fim, o brasileiro superou o norte-americano Will Brown por 0,5 ponto para chegar ao resultado histórico.
Felipe Wu exibe a medalha dourada ao lado do americano Will Brown e do vietnamita Vinh Xuan Hoang (ISSF).
A conquista não faz de Felipe um favorito ao pódio na Olimpíada do Rio, em agosto, mas mostra que a modalidade está crescendo no país. Ao lado de nomes como Carlos Rippel, Felipe Wu tem tudo para fazer uma campanha histórica nos Jogos. Se isso culminar em uma medalha, melhor ainda. 

quarta-feira, 2 de março de 2016

Empresa especializada prevê 11 medalhas de ouro para o Brasil no Rio-2016

Quantidade é igual à soma dos ouros conquistados pelo país desde Sydney-2000 até Londres-2012

Quantas vezes os atletas brasileiros subirão ao lugar mais alto do pódio nas Olimpíadas deste ano, umas seis, sete vezes? Se depender da mais recente projeção da Infostrada, empresa que divulga atualizações mensaisdo quadro de medalhas do megaevento do Rio de Janeiro, serão 11 – quantidade igual à soma dos ouros conquistados pelo Brasil desde Sydney-2000 até Londres-2012. A previsão anterior divulgada em fevereiro dava oito medalhas douradas ao país.

Para a Infostrada, a seleção feminina de vôlei será tricampeã olímpica no Rio (FIVB).
Segundo a companhia, o voleibol nacional será praticamente perfeito no Rio de Janeiro, abocanhando os quatro ouros em jogo. No vôlei de praia feminino, até a prata viria para o Brasil, em uma dobradinha que já aconteceu na modalidade em Atlanta-1996, com Jackie/Sandra Pires e Mônica/Adriana Samuel. O futebol masculino enfim desencantaria e a dupla Marcelo Melo/Bruno Soares conquistaria o primeiro pódio do tênis na história.

Apesar dos resultados abaixo do esperado neste início de ano, Melo/Soares serão ouro na previsão da empresa (Getty Images).
O único senão do exercício de imaginação da Infostrada é o ouro concedido à boxeadora Clélia Costa, que não poderá disputar os Jogos do Rio pois está suspensa devido a doping. O excelente desempenho da delegação brasileira, que ainda traria sete medalhas de prata e seis de bronze, daria ao país um honroso 10° lugar no quadro de medalhas, exatamente a meta traçada pelo COB. Será que estamos podendo tanto assim? Quer viver verá.    

segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Duda fica a 1 cm do índice olímpico no salto em distância

Bicampeão mundial tem até julho para fazer a marca

Um centímetro pode não parecer nada em um salto de mais de 8 metros, mas é exatamente esta medida mínima que separa o brasileiro Mauro Vinícius da Silva, o Duda, da classificação para a Olimpíada do Rio. O bicampeão mundial indoor ficou a temporada de 2015 praticamente inteira parado devido a lesão. Está voltando aos poucos, e esteve presente na competição-show Super Salto, no Rio de Janeiro. Foi lá que Duda quase garantiu a presença no evento mais importante do esporte.

Como é sua característica, o paulista deixou para fazer a melhor marca na última oportunidade. A transmissão da Rede Globo até chegou a “classificá-lo” com uma marca de 8,17 m, mas a confirmação veio na sequência: 8,14 m – um centímetro a menos que o exigido pela Federação Internacional.

Duda foi campeão mundial indoor no salto em distância em Doha-2010 e Istambul-2012 (André Durão).
Embora a vaga não tenha vindo agora, Duda ainda tem até o fim de julho para chegar à marca. O importante é manter a constância acima dos 8 metros, o que provavelmente lhe garantirá uma vaga na final olímpica. A corrida contra o tempo agora é para alcançar os 8,18 m, índice exigido para o Mundial Indoor de março, em Portland, EUA. A próxima e última oportunidade será em São Bernardo, no próximo final de semana. É a hora de acertar o salto.

domingo, 28 de fevereiro de 2016

O futuro do vôlei de praia está garantido

Maior esperança de pódio para o Rio-16, a modalidade também conta com jovens talentos

Duda é a mais jovem jogadora brasileira a vencer uma etapa do Circuito Mundial (FIVB).

O ano de 2015 foi de domínio total do Brasil no vôlei de praia. As duplas classificadas para as Olimpíadas do Rio têm plenas condições de conquistar quatro medalhas, feito que seria inédito para qualquer delegação do mundo. Daqui a quatro anos, ao que tudo indica, o cenário continuará favorável em Tóquio-2020.

A primeira etapa do Circuito Mundial deste ano, realizada em Maceió, consagrou a adolescente Duda, de apenas 17 anos. A dupla formada com Elize Maia se sagrou campeã arrasando as boas holandesas Mapelink e Van Iersel - que haviam derrotado Agatha e Bárbara, classificadas para o Rio, na semi - por 2 a 0, 21/10 e 21/13. Fenômeno do esporte, Duda é a única bicampeã mundial sub-19 da modalidade. Se a parceira tiver fôlego, ou se arranjar outra jogadora tão boa quanto ela, a sergipana tem tudo para ser uma das estrelas da delegação brasileira no Japão.

No masculino, o título ficou com os norte-americanos Lucena/Dalhausser após derrotarem os locais Evandro/Pedro Solberg por 2 a 1. Ambos os times vão ao Rio. A disputa do bronze, porém, viu um grande jogo entre duas parcerias que não conseguiram a classificação para os Jogos, mas que são jovens e promissoras: Guto/Saymon e Álvaro Filho /Vitor Felipe, todos na casa dos 20 e poucos anos. Não seria nenhuma surpresa se ambas as duplas se tornassem protagonistas no próximo ciclo olímpico.

Saymon (à esq.) e Guto (à dir.) levaram o bronze na primeira etapa do ano (FIVB).