segunda-feira, 4 de abril de 2016

Zé Roberto não ousa na escalação para ano olímpico

>> Comandante da seleção feminina foi coerente ao chamar as atletas em que mais confia. 

Um dia após o 11° título da Superliga do Rexona/Ades, em uma final surpreendentemente acirrada contra o novato em decisões Praia Clube, o técnico da seleção feminina de vôlei divulgou a lista das 19 jogadoras convocadas. Daí saem as 12 que tentarão o tricampeonato olímpico no Rio-16.

Não houve grandes surpresa entre as selecionadas de José Roberto Guimarães. A posição mais complicada é a de levantadora, uma vez que Fabíola - em tese a número 2 do Brasil - está grávida, e ainda não é certo se terá condições físicas de disputar os Jogos. A novata Naiane, do Minas, e Roberta, do Rexona brigarão pelo posto de reserva de Dani Lins, do Osasco.

O técnico Zé Roberto terá que cortar sete atletas até os Jogos Olímpicos do Rio.

Desde a aposentadoria de Fabi, a posição de líbero tem ficado com a eficiente Camila Brait, que terá a companhia de Leia, ainda lesionada, na seleção. A experiente Sassá, que deixou de ser ponteira para virar líbero e tentar estender a carreira na seleção, não foi chamada.

Os boatos de que o técnico poderia voltar a chamar atletas experientes que ficaram de fora do ciclo olímpico como Paula, Mari ou Carol Albuquerque, não se confirmaram. Outras jogadoras que tiveram espaço da temporada de seleções passada, como as opostas Barbara e Joycinha ou as levantadoras Ana Tiemi e Macris, também ficaram de fora. 

Com equipes mescladas, o Brasil foi prata no Pan e bronze no Grand Prix em 2015.

No grupo das atacantes de extremidade, Sheila, Tandara, Jaque, Natália, Gabi e Garay estão praticamente garantidas. Apesar da boa Superliga, a oposta Monique deve ser cortada antes da Olimpíada, assim como Mari Paraíba, que possui um bom fundo de quadra, mas ainda peca na hora da decisão. 

A maior dor de cabeça de Zé Roberto será o meio de rede. Ninguém tira o lugar das "torres gêmeas" Fabiana e Thaísa, o que significa que apenas uma jogadora entre Adenízia, do Osasco, e Carol e Juciely, do Rexona, sentirá o gostinho de disputar uma Olimpíada em casa. Se o técnico levar em conta o desempenho no recém-encerrado campeonato de clubes, Carol é a favorita à vaga.

Antes da competição mais importante do ano, em agosto, o grupo disputará o Grand Prix, cujas finais serão na Tailândia, em julho. Apenas após o GP que Zé Roberto definirá as 12 eleitas.  

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