terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Mundiais 2010


Com a divulgação dos grupos para o Mundial Masculino de Basquete, hoje, definiu-se o quadrilátero esportivo para o ano que vem. As equipes que disputarão os Mundiais de Basquete e Vôlei, tanto no masculino quanto no feminino, já sabem quem serão seus adversários na primeira fase.














Vôlei feminino:


Grupo A
Grupo B
Grupo C
Grupo D
Japão
Brasil
EUA
China
Sérvia
Itália
Cuba
Rússia
Polônia
Holanda
Alemanha
Coreia do Sul
Peru
Quênia
Cazaquistão
Rep Dominicana
Argélia
Porto Rico
Tailândia
Turquia
Costa Rica
Rep Tcheca
Croácia
Canadá









Favorita para conquistar o título inédito, a seleção brasileira não terá vida fácil no Mundial, que será realizado ano que vem no Japão (onde mais?). Logo de cara, o fortíssimo time italiano - campeão de tudo quanto foi campeonato neste ano, incluindo o Europeu e a Copa dos Campeões - e as sempre perigosas holandesas - vice-campeãs europeias, tendo perdido apenas para as já aqui elogiadas italianas.
Quem se deu bem foram as decadentes Rússia e China. Além de terem caído em um grupo tranquilo, as equipes só não passam para as semifinais se forem muito incompetentes. Para a segunda fase, classificam-se os quatro melhores colocados de cada grupo, quando se enfrentarão os times do grupo A contra os do D e os do B contra os do C. Ou seja, China e Rússia, componentes do D, pegarão os classificados do pífio grupo A (veja tabela acima). Desses confrontos, sairão dois semifinalistas. Os outros dois virão do supergrupo, que provavelmente contará com Brasil, Itália, Holanda, Estados Unidos, Cuba e Alemanha - todos com plenas chances de pódio.

Vôlei masculino:


Grupo A
Grupo B
Grupo C
Grupo D
Grupo E
Grupo F
Itália
Brasil
Rússia
EUA
Bulgária
Sérvia
Japão
Espanha
Porto Rico
Argentina
China
Polônia
Egito
Cuba
Austrália
Venezuela
França
Alemanha
Irã
Tunísia
Camarões
México
Rep Tcheca
Canadá

Campeão das últimas duas edições do Campeonato Mundial, o Brasil terá logo no início os jovens cubanos pela frente. Semifinalista da Liga Mundial deste ano, Cuba periga tirar o primeiro lugar do grupo do Brasil. Espanha foi campeã europeia em 2007, mas a zebra não deve se repetir em 2010. No mais, os anfitriões italianos deram sorte. É difícil imaginar que algum dos três adversários consiga bater a Itália no Grupo A. Rússia pegou oponentes mais baba ainda, enquanto tudo pode acontecer no F, em que três europeus vão se matar por uma tão sonhada invencibilidade na primeira fase. O Grupo E também promete emoções com as boas Bulgária, França e República Tcheca. A curiosidade fica por conta do D, composto inteiramente por países americanos. Atuais campeões olímpicos, os estadunidenses não deverão ter trabalho algum para vencer a chave.

Basquete feminino:


Grupo A
Grupo B
Grupo C
Grupo D
Austrália
EUA
Espanha
Rússia
China
França
Brasil
Rep Tcheca
Bielorrúsia
Grécia
Coreia do Sul
Japão
Canadá
Senegal
Máli
Argentina

Após uma campanha decepcionante em Pequim-08, quando sequer passou para as quartas de final, a seleção feminina teve em 2009 sua redenção ao conquistar a Copa América. O Mundial de 2010, porém, será a prova de fogo para que o Brasil defina se volta a figurar entre as potências mundiais do esporte ou se se contenta em ser apenas um mero coadjuvante nas grandes competições. No Grupo do Brasil, Espanha e Coreia do Sul são equipes fortes, mas nada que assuste. Dependendo da participação de feras como Helen e Alessandra, a equipe brasileira pode muito bem passar invicto pela primeira fase. De resto, o trio das favoritas crônicas Estados Unidos-Austrália-Rússia não deve encontrar muitas dificuldades rumo ao cativo pódio. O desafio de todos os outros times - inclusive o brasileiro - é lutar pela quarta vaga às semifinais. Bielorrússia, França, Espanha e República Tcheca serão nossas maiores adversárias na tarefa.

Basquete masculino:


Grupo A
Grupo B
Grupo C
Grupo D
Argentina
EUA
Grécia
Espanha
Sérvia
Eslovênia
Turquia
França
Alemanha
Croácia
Rússia
Lituânia
Austrália
Brasil
Porto Rico
Canadá
Angola
Irã
China
Nova Zelândia
Jordânia
Tunísia
Costa do Marfim
Líbano

Aparentemente complicado por conter o tal do dream team, o grupo do Brasil não é um bicho de sete cabeças. Se a equipe nacional jogar com a qualidade e o empenho que demonstrou na Copa América deste ano, é capaz de conseguir a segunda colocação do grupo B. É difícil falar das outras chaves. Existem diveeersas equipes de muita qualidade - principalmente as europeias - e de nível técnico muito parecido. Como afirmar que a Lituânia bate a França ou prever uma vitória alemã sobre os sérvios? O lado positivo disso tudo é que vai ter muito jogo bom nesse Mundial.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Como e por que sou otimista


A escolha da cidade do Rio de Janeiro como sede da Olimpíada de 2016 – apesar de eu ter sido altamente desencorajado academicamente a utilizar essa expressão – está causando polêmica. Quase que instantaneamente ao anúncio em Copenhague, a população brasileira se dividiu entre os pró e os contra a realização da maior competição esportiva do mundo em solo brasileiro.

Não tenho vergonha de afirmar que apoio os Jogos Olímpicos na Cidade Maravilhosa. O curioso é perceber como acreditar no próprio país se tornou raridade por aí. O fato é que temos a oitava maior economia no mundo todo e, segundo nosso presidente, seremos a quinta na época dos Jogos. Sei que acreditar no presidente – como diz aquela música que marcou nossa pré-adolescência – “é coisa do passado”, mas não podemos ignorar que dentre as mais de duzentas nações do planeta, apenas sete delas têm um poder econômico maior que o nosso. Tais dados já destoem o argumento de que o país não teria condições financeiras (ou seja, dinheiro mesmo) para sediar eventos de tamanha proporção. Afinal, se o México pode, por que o Brasil não pode?

Ainda sobre cifras, ouvi muitas pessoas rechaçarem Rio-2016 por causa da corrupção generalizada que a preparação para o evento certamente causará. Muito determinista da parte de quem pensa assim. Se o desvio de verbas é tão fácil de prever, que criemos mecanismos para investigar as contas do evento e prevenir a tal roubalheira. Afinal, para que serve a mídia? Ela criou uma grande onda ufanista após a escolha, há cerca de um mês, admito; mas não recrimino, o momento era propício. Daqui para frente, porém, as coisas devem mudar. O dever de nós, meios de comunicação, e de nós, cidadãos, será acompanhar o mais perto possível os preparativos nesses sete anos para que as coisas não fujam do controle.

Temos uma grande chance em nossas mãos. Sediar uma Olimpíada tem suas dificuldades, mas quem sabe administrá-las bem, colhe os frutos do bom trabalho no futuro. Barcelona e Sydney são exemplos recentes de cidades que conseguiram esse feito e agora só têm boas recordações da competição. Isso sem mencionar o efeito psicológico que os Jogos terá nos mais jovens. Imagine um carioquinha de dez anos maravilhado com os melhores atletas e as maiores disputas esportivas acontecendo a quarteirões de casa. O desejo de praticar canoagem ou aprender salto com vara será uma consequência; e o melhor de tudo é que a estrutura necessária para que ele efetivamente pratique essas modalidades já existirá.

Em vez de criticarmos previamente tudo que diga respeito a 2016, proponho uma reflexão. Por que não aceitar um desafio e provar ao mundo que o Brasil é capaz de realizar a maior festa da humanidade? O Comitê Olímpico Internacional já deu seu voto de confiança no país. É a vez dos brasileiros fazerem o mesmo.

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Europeu Feminino de Vôlei - Segunda Fase II



Esse é um campeonato de grande jogadoras, e não de grandes times. Um bom exemplo disso foi a rodada de hoje, em que tanto as equipes vencedoras como as derrotadas tiveram suas ações de ataque concentradas em apenas um nome. O jogo entre Azerbaijão e Turquia, então, foi Mammadova vs Neslihan com várias expectadoras de luxo, que tiveram a chance de acompanhar o duelo na quadra mesmo, ao lado das atacantes mencionadas. A azeri Natalia Mammadova, por exemplo, fez 29 pontos dos 72 da seleção inteira. Melhor para a turca, que levou sua seleção à vitória em quatro sets e ainda sonha com a classificação para as semifinais do Europeu. Para isso, na rodada de amanhã, as turcas torcem para que a Alemanha seja derrotada pela Mammadova.

Sem ter perdido um set sequer, a Holanda já tem vaga garantida entre as quatro melhores equipes do campeonato. Muito se deve a Manon Flier, estrela do voleibol holandês e comandante da seleção há uns bons anos. A atacante tem agora a chance de superar a imagem de "amarelona" criada após a campanha abaixo do esperado na Fase Final do Grand Prix deste ano. O adversário atropelado pelas holandesas hoje foi a Bélgica, outro time de uma jogadora só. Virgine de Carne já está na casa dos 30 anos, mas ainda carrega a seleção de seu país nas costas. Nas estatísticas, ela corresponde aproximadamente a meio time. Dos 104 ataques belgas, 50 foram dela e dos 41 pontos feitos pela sua equipe, 19 vieram através de De Carne. Mulher de fibra.

A Sérvia, atual vice-campeã europeia e terceira colocada no mundial, não possui nenhuma jogadora de tanto destaque assim. Coincidência ou não, a equipe praticamente deu adeus à disputa por medalhas. Depois de um primeiro set pífio (25 a 9 contra!), as sérvias conseguiram se recuperar e virar a partida. Na hora do vamos ver, porém, deu Alemanha. 15 a 8 no tie-break. Anja Spasojevic, ponteira jovem e de talento que poderia ser aqueela atacante de destaque entre as bálcãs não está no Europeu. Isso devido a problemas de relacionamento com o técnico...

Europeu Feminino de Vôlei - Segunda Fase


Falando sobre a convergência de mídias, que maravilha é a tv on-line! Um link me separa da televisão turca, onde acabei de assistir à surpreendente vitória da Polônia (dona da casa) sobre a sempre favorita e às vezes decepcionante Rússia. Mesmo sem suas estrelas Skowronska, Glinka e Pololec, as poloneses contaram com o apoio da fanática torcida e agora tem plenas chances de chegar às semifinais.

Enquanto escrevo, acomanho Sérvia e Alemanha jogando a vida no tie-break - onde julgo ser uma tv polonesa. Após a zebra de ontem - quando perderam de 3 a 1 para a Turquia, as sérvias precisam vencer hoje para continuar com o sonho do título. As alemãs, por outro lado, já foram derrotadas pelas atuais campeãs italianas e não podem se dar ao luxo de acumular mais uma derrota.

No momento, a Alemanha já abre 4 a 1 no 5o set.