quinta-feira, 8 de agosto de 2013

O vôlei de Cuba morreu


>> Política cubana enfraquece seleção feminina. Fundo do poço foi atingido na derrota para a Bulgária no Grand Prix (foto: Fivb)



O Grand Prix de vôlei feminino se aproxima do início de sua segunda semana e, ao olhar para a tabela de classificação, o que mais surpreende é a seleção que ocupa o nada honroso 19° lugar numa competição disputada por 20 seleções. Trata-se de Cuba. Lembra delas?

Tricampeãs olímpicas (1992, 96 e 2000), as cubanas vão de mal a pior no voleibol feminino (e masculino também, diga-se de passagem, que amargou o último lugar na Fase Continental da Liga Mundial com uma vitória em dez jogos). E a culpa não é da qualidade de suas jogadoras - e sim, da política. 

Afinal, Cuba ainda é um país socialista e a recente abertura ao resto do mundo não melhorou em nada a situação dos jogares de vôlei da ilha, que são obrigados a atuarem profissionalmente apenas no próprio país. Essa regra também valia na época de Regla Torres, Mireya Luis e etc, mas com os salários astronômicos que o mercado azeri, russo, turco - e até brasileiro - vêm pagando, a tentação é muito maior do que décadas atrás.  

Com isso, a nata do voleibol cubano dá adeus à agora pouco prestigiada seleção, cumpre os dois anos de ostracismo como punição e passa a ganhar rios de dinheiro no exterior. Já ao selcionado nacional, restam jogadoras muito novas, que ainda não despertam interesse dos cartolas grigos.

Como resultado, tem-se uma equipe caribenha cuja jogadora mais experiente possui 23 anos de idade e a mais nova, 13(!). Dentro de quadra, a situação também é bizarra. No primeiro final de semana, foram 9 sets jogados, todos perdidos. O cúmulo foi a derrota, no domingo, para a inexpressiva Bulgária: 25-8 (!!), 25-15 e 25-16.

Hoje em dia, não teria graça nenhuma dar de dedo numa cubana em briga na rede. A geração de Mireya Luis deve estar se revirando.  

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