domingo, 11 de agosto de 2013

Carlos Chinin, muito prazer

>> Brasileiro vai bem na modalidade mais exigente do atletismo. Dez provas, dois dias e um sonho: Rio-16 (foto: Getty Images)



Todo mundo tinha um amigo na escola que sabia nadar bem, corria, era um dos melhores da turma no futebol, vôlei, basquete... Quando esse cara cresce e segue a carreira esportiva, vira um deca-atleta. O prefixo grego indica que se trata de dez modalidades - disputadas em apenas dois dias nos Campeonatos Mundiais de Atletismo. A edição deste ano, em Moscou, começou ontem e já apresentou ao mundo o melhor atleta brasileiro no decatlo.

Se você se orgulha de jogar meia hora de bola sem que sua panturrilha doa, vai se sentir o maior sedentário do mundo. Os superatletas disputam cinco provas no primeiro dia (100 metros rasos, salto em distância, arremesso de peso, salto em altura e 400 metros), descansam algumas horas e, logo no dia seguinte, partem pra segunda parte da maratona (que não, não inclui a maratona) com 110 metros com barreiras, lançamento de disco, salto com vara, lançamento de dardo e... ufa!... 1.500 metros. Não à toa nove dos 35 competidores largaram o barco no meio da competição.

Carlos Chinin conseguiu o "personal best" (melhor da vida) em quatro das dez provas, na melhor campanha de um brasileiro no decatlo na história dos mundiais. Acabou na 6a colocação, a apenas 5 pontos - na modalidade, todas as provas valem pontos, que valem para a classificação final - do recorde sul americano, que o próprio Chinin bateu em junho.

Em entrevista ao Sportv (boas transmissões durante todas as manhãs, a propósito), o simpático paulista de 28 anos se apresentou formalmente aos telespectadores brasileiros e deu o recado: quer buscar o ouro no Rio, em 16. Fácil não vai ser, mas ambição nunca fez mal a nenhum deca-atleta.


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